sexta-feira, 27 de junho de 2008

O Camera Man!


Na produtora em que eu trabalho, por ser um grupo reduzido a gente é PTO (pau pra toda obra).

Uma das coisas que eu odeio no meu ofício é ser camera em externa, principalmente em eventos.
Primeiro porque você parece um cabide, cheio de apetrechos pendurados pelo corpo e segundo porque nas festas "chiques" de Mogi há um bando de gente sem cultura, tosca que está apenas querendo sair no jornal, na revista e aparecer na TV (há exceções, conheci pessoas educadas e geniais), e essas pessoas que fazem parte da Divina Comédia da Fama (leiam esse livro do Xico Sá) tratam quem está trabalhando nos eventos como pessoas insignificantes (a não ser que você venda aparições na sua lente); o preconceito do caminhoneiro, os cameras e fotógrafos são os caminhoneiros das festas da "soçaite."
Pessoas medíocres acham que o dinheiro cura a ignorância, enfim esse é o retrato da nossa sociedade que ainda parece viver na época de colônia, Roberto Justus é um exemplo, babação de ovo total por um cara que precisou ganhar dinheiro para achar que poderia comprar outros dons.
Lançou um CD, mas graças ao talento dos cifrões, enquanto os caminhoneiros, camera man, e outras pessoas que tem potencial são apenas o calo dessa mão na roda, como dizia o ex-Raimundos Rodolfo antes de servir Jesus e aceitar ser mais um calo.

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